sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O ENTARDECER NUMA PRAIA

Elaine Cristina Stocco Ficher, com auxílio de Louise Berlanga.
Texto elaborado em 26/10/11, para conclusão de curso supletivo de Elaine C. S. Ficher


Nem todos têm o privilégio de desfrutar de um momento como o entardecer na praia, mas os quem podem apreciar, vêem uma paisagem deslumbrante do pôr-do-sol no horizonte e sentir a leve brisa que vem do mar.
O som das ondas quebrando na praia é um convite para um mergulho. Muitos aproveitam esse momento para fazer suas caminhadas, só ou acompanhados.
Provar das iguarias litorâneas, fazer algum exercício e praticar esportes também faz parte desse vislumbre natural.
Para os românticos, é um momento mágico, pois casais trocam juras de amor olhando ao longe as gaivotas, namoram ao som mais doce do mar e conversam tendo o pôr-do-sol como testemunha.
O entardecer inebria até mesmo crianças, que brincam seguras nas areias, perto de uma absoluta calmaria. Vovôs e vovós apreciam este instante para relembrar bons momentos do passado e curtir o tempo que ainda lhes resta. Acima de tudo, agradecem por ainda presenciar mais um entardecer...
Nesse momento breve e diário, é possível ver a imensidão da força da natureza, pois é onde o sol encontra-se com o mar, tornando a beleza um espetáculo único. Nem mesmo chuvas conseguem esconder, pois o sol está apenas se resguardando para no dia seguinte se orgulhar em nascer novamente.

Em um simples entardecer, por mais rápido que seja, toda uma vida pode ser pensada e repensada, e planos podem ser traçados. É um momento de calma e plenitude e que nos dá a sensação de pureza espiritual. O som esplêndido do oceano, indo e vindo, ora calmo, ora bravo, nos faz fugir de uma realidade incontestável.
Sublime é aquele que consegue unir todas as forças positivas dessa grandiosidade divina, conseguindo esquecer-se de tudo o que é ruim, com os pés fincados na areia, molhando a alma e lavando o espírito. 
 
    O silêncio e o vazio deverão me fortalecer.
  Decidi que viverei conforme meu desejo.
  Chega de promessas não cumpridas. Planos guardados.
  Agora, está mais do que na hora da verdade ficar acima de tudo, e meu amor próprio acima da verdade.
É meu tempo de ser egoísta. Tempo de fazer o que EU quiser fazer.
Essa fase que acabou pode ser temporária, mas com certeza, se voltar a acontecer será de toda maneira DIFERENTE. Terá maturidade, amor até maior que o existente porém mais consciente, haverá companheirismo, amizade e dedicação. Terá realizações e leveza.
Por enquanto, é hora de focar em mim, no que eu quero, no que eu planejo. É hora de saborear um pouco mais a vida no sentido real, com mais comprometimento com o futuro, mais alegrias, mais bem estar, mais bom humor e disposição.
Desejo rir mais, chorar mais de felicidade, sonhar mais (com o pé no chão SEMPRE), dançar mais, apreciar mais, viajar mais, saborear mais. A plenitude de todas essas ações há de me ajudar a virar adulta de verdade.
Sempre deve haver esperança em um peito machucado. E se for com o mesmo personagem, muita coisa deverá ser diferente. Bem lá no fundo desse peito, desejo que assim seja, pois é um sentimento real.
Nada foi em vão. Tudo foi um grande e majestoso aprendizado. Deliciado da melhor maneira possível e impossível.
Das lembranças, quero um lugar feliz e para sempre elas estarão guardadas comigo, no espaço mais bonito que houver em mim.
Pode ser amanhã ou depois, voltaremos de onde paramos para fazer algo novo, mas enquanto isso vou viver a vida como ela deve ser vivida, um dia de cada vez! Isso ajudará a ter calma pra superar as dores e crescer.
Já disse uma vez e repito: para cada lágrima derramada, brotarão dez sorrisos em meu rosto. A cada queda, novos aprendizados virão e nenhum tombo será capaz de me derrotar.


“Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”trecho da música Pra não dizer que não falei das flores”
 Geraldo Vandré